segunda-feira, 28 de maio de 2012

Por quanto tempo continuará o sol a manter a vida na terra?

               O sol será capaz de manter a vida (tal como a conhecemos) na terra, enquanto irradiar energia da maneira que o faz hoje. Podemos colocar certos limites a essa duração.
               A radiação solar é produzida pela fusão de hidrogênio em hélio, a qual deve ocorrer numa escala gigantesca a fim de produzir toda a radiação emitida pelo sol. Com efeito, a cada segundo 630.000.000 de toneladas de hidrogênios fundem-se em 625.400.000 toneladas de hélio (as 4.600.000 toneladas restantes são convertidas em energia radiante e dissipadas. A pequena fração que atinge a terra é suficiente para manter todas as formas de vida em nosso planeta).
               Seria lícito imaginar que, com o consumo de quantidades tão colossais de hidrogênio por segundo, o sol não poderia durar muito - mas esse raciocínio não leva em consideração o enorme tamanho do sol, cuja massa é 2.200.000.000.000.000.000.000.000.000 (mais de dois octilhões de toneladas).
               Cerca de 53 por cento dessa massa é hidrogênio, o que significa que o sol é constituído atualmente de quase 1.160.000.000.000.000.000.000.000.000 de toneladas de hidrogênio.
               Se o leitor estiver curioso quanto ao restante da massa solar, esta é constiuída quase que inteiramente de hélio e menos que 0,1% de átomos mais complexos que o hélio. O hélio é mais compacto que o hidrogênio, isto é, em idênticas condições, certa quantidade de átomos de hélio teria uma massa quatro vezes maior que a mesma quantidade de hidrogênio. em outras palavras, uma determinada massa de hélio ocupa menos espaço que a mesma massa de hidrogênio. em termos de voluma - o espaço ocupado - cerca de 80% do sol é hidrogênio.
                Supondo-se que originariamente o sol fosse constituído, exclusivamente de hidrogênio, e que esse hidrogênio vem se convertendo em hélio à razão constante de 630 milhões de toneladas por segundo e que essa taxa de conversão se manterá inalterada no futuro, calcula-se que o sol tem estado a irradiar por aproximadamente 40 bilhões de anos e tem pela frente outros 60 bilhões de anos.
               Na realidade, porém, as coisas não são tão simples. O sol é uma estrela de segunda geração, que foi formada a partir de gás e poeira cósmica, resíduos de estrelas que esgotaram todo seu combustível e explodiram bilhões de anos antes. Por conseguinte, a matéria prima do sol já de início continha bastante hélio, quase tanto quanto hoje. Isso significa que o sol vem irradiando por pouco tempo, em termos astronômicos, pois o decréscimo de seu suprimento inicial de hidrogênio tem sido lento. O sol pode ter no máximo 6 bilhões de anos de idade.
               Tampouco a taxa de radiação continuará inalterada. O hidrogênio e o hélio não se misturam no sol de maneira homogênea. O hélio está concentrado no núcleo central do sol, ao passo que a reação de fusão ocorre na superfície desse núcleo.
               À medida que o sol continuar a irradiar, a massa do núcleo de hpelio vai aumentando, provocando a elevação da temperatura do centro. No final, a temperatura torna-se tão alta, a ponto dos átomos de hélio se transformarem em átomos mais complexos. Até esse ponto, o sol irradiará à semelhança que o faz hoje, mas uma vez iniciada a fusão do hélio, o sol começara a expandir-se e gradualmente transforma-se-á numa gigante vermelha. O calor na terra tornar-se-á insuportável, os oceanos ferverão e se avaporarão, e o planeta não mais será capaz de abrigar a vida, tal como a conhecemos.
               Segundo as estimativas feitas pelos astronônomos, o sol deverá atingir essa nova faze dentro de 8 bilhões de anos. Contudo, não há, por hora, motivos para alarme, pois, 8 bilhões de anos é um período extremamente longo.

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